Tecnologias Nacionais e a competitividade dos produtos agrícolas brasileiros no mundo
No dia 26 de Outubro tivemos uma reunião de pessoas que verdadeiramente se preocupam com o agro.
A super live transmitida no canal do YouTube da Sempre teve as participações de: Fernando Prezzotto (CEO da Sempre), Celso Moretti (Presidente da Embrapa), Marcos Pontes (Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação), Aline Sleutjes (Deputada Federal), e General Mourão (Vice-presidente da República).
Esse timaço abordou importantes assuntos sobre as tecnologias nacionais, e a competitividade dos produtos agrícolas brasileiros no mundo, que estão avançando o agro.
Coincidentemente, no dia 16 de Outubro é comemorado o Dia Mundial da Alimentação, e esse momento foi mais especial ainda diante desta data apropriada, pois uma grande pergunta que surge com toda a demanda crescente dos alimentos, é como equilibrar a oferta, a aumentando de forma significativa.
Nessa conversa, a primeira pessoa com a palavra foi o CEO da Sempre, Fernando Prezzotto, que abordou justamente a oferta e demanda de alimentos. Com a população crescendo, a expectativa é de que hajam 10 bilhões de habitantes em 2050 e, nesse sentido, a biotecnologia cria soluções economicamente viáveis, para proporcionar uma agricultura mais produtiva, eficiente e menos poluente.
A cada dia que passa o produtor se torna mais parceiro da natureza, e consciente da importância deste equilíbrio do meio ambiente.
Nesse contexto, estamos juntos para produzir cada vez melhor, através da ciência e de toda uma cadeia de insumos que entregará soluções mais eficientes e ecologicamente melhores. De nada adianta ter um bom insumo sem a assistência técnica e um posicionamento firme, com uma forte base tecnológica para inovar.
O novo Marco da Ciência, Tecnologia e Inovação criou a possibilidade de parcerias entre empresas privadas nacionais e a iniciativa pública. Essas instituições com grande capacidade de pesquisa como a Embrapa, e Universidades, podem levar pesquisas básicas a serem pesquisas aplicadas que criam soluções reais que impactam a vida da população, e do agricultor.
Criar inovações nacionais, e manter esse recurso no Brasil, significa de maneira prática: gerar empresas e empregos fortes para fortalecer a economia.
A segunda pessoa que trouxe seus apontamentos para a conversa foi Celso Moretti, Presidente da Embrapa, que junto com a Sempre e a Embrapii, está criando biodefensivos que são amigos da natureza, atóxicos, que não poluem, e agem somente no alvo específico. Essa tecnologia tem um potencial de aposentar os agrotóxicos.
A agricultura baseada na ciência, e com respeito ao meio ambiente, é uma revolução na indústria agrícola. O desenvolvimento que tivemos ao longo dos anos, é resultado da manutenção da competitividade e da sustentabilidade do agro brasileiro.
A sustentabilidade da agricultura brasileira, aliada ao código florestal, com o plano da agricultura de baixo carbono é um exemplo que deve ser seguido por outros países. Essas práticas envolvem a redução de gases de efeito estufa na nossa atmosfera.
O Brasil possui o quinto maior banco genético do mundo, e armazena mais de 100 mil amostras de animais vegetais e organismos. Essa é uma estrutura de segurança nacional.
A Embrapa vem trabalhando na bioeconomia com a possibilidade de avançar nesses próximos anos priorizando 4 aspectos:
1 – Agricultura Digital: conceitos de plataformas digitais, Big Data, Inteligência Artificial, para expandir a conectividade no campo.
2 – Sistemas Integrados Sustentáveis: para gerar a Carne Carbono Neutro
3 – Edição Genômica: com ferramentas de biotecnologia
4 – Bioeconomia: uma economia baseada em sistemas biológicos.
Com a vez da palavra, a defensora do agro no Brasil, Aline, reforçou o trabalho forte de apoio no governo, que tem feito um novo Brasil para todos, e falou da continuidade do sucesso que o agro representa para o mundo.
Hoje exportamos para 160 países.
Temos uma produtividade que representa 84.2 % das exportações. Nosso país tem essa condição e importância no cenário internacional. O primeiro trimestre de 2020 foi de muitos desafios, mas mesmo assim o Brasil deu um show, ampliando a exportação, e se superando a todo momento.
O zelo com o meio ambiente o Brasil tem feito muito bem. O código florestal é muito severo e por isso somos referência em sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente. O desafio dos próximos anos é a agricultura 4.0 (digital) mais controle e rigorosidade com gás , drones, conectividade, melhorando cada vez mais a rentabilidade, produzindo com precisão, em menos espaço e com mais produtividade. Hoje, apenas 7% das áreas brasileiras são destinadas para as lavouras.
Também, Aline abordou alguns aspectos negativos que precisam ser melhorados, como: a burocracia que é uma dificuldade, os altos custos, os problemas de logística, e as muitas estradas federais sem asfalto ou que não são duplas. A instabilidade do dólar também é um problema, pois compramos em dólar e vendemos em real.
O agro continua crescendo para alimentar o mundo. Está cada vez melhor, com relatórios que nos permitem decidir com mais eficiência o que plantar e quando.
Marcos pontes trouxe sua visão sobre o assunto destacando a capacidade do brasileiro em inovar, e como que o ministério é uma ferramenta para auxiliar o desenvolvimento, ajudando na formação de profissionais e novos pesquisadores.
A importância do investimento no setor foi outro tema abordado. Os recursos para ciências e tecnologias são entendidos não como gastos, e sim como investimentos. Todos os países que são desenvolvidos, devem essa condição para a pesquisa e a tecnologia.
Todo o sistema de pesquisa fica a disposição de Universidades, para produção de conhecimento e melhoria da qualidade de vida. Fazer essa aproximação leva o potencial do ministério para auxiliar nas atividades da Embrapa, por exemplo.
Quando foi a vez do Vice-Presidente Mourão falar, ele destacou que todos estão atentos com as exigências ambientais, e não se vislumbra com o desenvolvimento que não seja por excelência sustentável.
Grandes desafios na área se não tratados serão responsáveis por retração econômica. Estimular o investimento e promover a sustentabilidade é essencial, com uma visão liberal que promove as reformas estruturais necessárias para a longo prazo a atividade econômica ser cada vez melhor organizada.
A pandemia não impediu que o alimento chegasse nas mesas de todos, mas o desafiador é produzir comida para uma população crescente. Estimular o emprego da agricultura digital é fundamental, e deve ser encarado como uma exigência estratégica. O Brasil é atrativo para soluções estrangeiras e um campo próspero para soluções nacionais. Existe um leque de soluções que podem ser exploradas, como por exemplo: o uso de drones inteligentes (para pulverização mais eficaz e a redução de insumos), ferramentas de edição genética ( que podem ser a chave para o plantio mesmo em tempos de mudanças climáticas).
A ausência da conectividade é um problema, e aí esta o papel das Startups, em pensar nessa dificuldade que é, levar a internet para todas as propriedades.
Com esse bate papo ficou claro que o Brasil é uma referência para o mercado, com políticas sustentáveis que são exemplo para o mundo, e com produtos agrícolas que transformam o agro. A tecnologia e a pesquisa formam a base dessa agricultura que a cada dia traz novas propostas para um futuro melhor.
Agradecemos a participação de todos
Sempre Sementes
Juntos a gente faz