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19/10/2023Quinta-Feira
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Pesquisadora da SEMPRE AgTech integra a lista Forbes das 100 Mulheres Doutoras do Agro

Doutora em genética e biologia molecular e Pesquisadora da SEMPRE AgTech, Mayla Molinari atua como cientista em bioinformática na WIN, braço de tecnologia da SEMPRE

Se o Brasil é atualmente um dos maiores produtores e exportadores de produtos agrícolas do mundo, muito se deve a incorporação de tecnologias e ao papel desenvolvido pela mulher, sobretudo no campo da pesquisa.

Para valorizar e destacar a importância do trabalho de pesquisa desenvolvida por uma nova geração de mulheres no campo, a Forbes Brasil listou 100 Mulheres Doutoras do Agro. Entre as relacionadas está a engenheira agrônoma e doutora em genética e biologia molecular e Pesquisadora da SEMPRE AgTech, Mayla Molinari.

A cientista faz parte de um grupo seleto de pesquisadores que compõem o time da WIN, divisão de inovação da SEMPRE AgTech, que funciona dentro do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo.

“Na minha área de atuação que é a bioinformática, a prospecção de genes e proteínas é fundamental para estratégias envolvendo RNAi pulverizável, transgenia e edição gênica. Cada uma dessas técnicas possui uma importância distinta para o agronegócio e para a produção de alimentos”, explica Mayla.

A Pesquisadora da SEMPRE AgTech ressalta que o uso de RNA de interferência (RNAi) é uma técnica revolucionária que permite o controle específico de pragas, minimizando impactos ambientais negativos em comparação com defensivos químicos convencionais.

“Essa tecnologia é particularmente promissora para proteger cultivos de maneira sustentável, pois afeta apenas as espécies-alvo, preservando organismos benéficos como polinizadores”, destaca Mayla.

No campo da transgenia, Mayla lembra que a criação de proteínas quiméricas para controlar insetos-praga é um avanço significativo. “Essas proteínas, desenvolvidas a partir da combinação de diferentes genes, têm o potencial de substituir proteínas anteriormente eficazes, mas às quais as pragas desenvolveram resistência. Isso permite um controle de pragas mais sustentável e de longo prazo.”

Outro alvo do seu estudo é a tecnologia de edição gênica, que acelera significativamente o melhoramento de plantas, especialmente devido à redução na etapa de desregulamentação, pois esta pode ser enquadrada como não GM pela RN 16 (Resolução Normativa 16 – CTNBio).

“Isso pode economizar até sete anos no desenvolvimento de novos cultivares e linhagens. Com a edição gênica, podemos realizar alterações precisas no DNA das plantas, promovendo características desejáveis de forma mais rápida e econômica do que os métodos tradicionais”, afirma.

Para finalizar, Mayla reforça a importância da pesquisa e novas tecnologias para o avanço da atividade agrícola no país.

“A biotecnologia no agronegócio não é apenas uma tendência, é uma base sólida para um futuro sustentável, equilibrando crescimento, produtividade e cuidado ambiental. Na SEMPRE AgTech/WIN, é isso que fazemos: integramos biotecnologia e agronegócio para moldar um futuro em que a sustentabilidade e a produtividade andam lado a lado”.