SEMPRE: Conhecimento que gera re$ultado – Silagem de milho sem erros: Quem errar vai pagar caro!
“O ponto de colheita não é fixo, depende da máquina que vai colher.” — Gustavo Salvati.
Em nosso terceiro evento da série “Conhecimento que gera re$ultado” foi abordado o tema “Silagem de milho sem erros: Quem errar vai pagar caro!”. O evento foi mediado pela Dra. Cássia Aparecida Soares Freitas, Zootecnista e Doutora em Nutrição Animal da SEMPRE, e exposto pelo Dr. Gustavo Salvati, zootecnista e co-fundador das startups Tracking Feed e Systech feeder, onde foram abordados fatores chave no momento da colheita da lavoura de milho para o máximo aproveitamento dos grãos.
Quando se olha para a composição da planta de milho no momento da colheita, com aproximadamente 35% MS, observamos que 40-45% é composta por grãos, de onde vem a maior parte da energia, mas, para que ela seja disponibilizada, é preciso um bom processamento no momento da colheita.
O processo de ensilagem como um todo também é consequência da escolha do maquinário que fará o corte e da correta manutenção e aferição, além disto, o acompanhamento ao longo do processo garante efetividade.
Para o ponto de colheita, o Dr. Gustavo ressalta que: “ele não é estático, sendo crucial a avaliação, além da matéria seca, o acompanhamento da linha do leite, principalmente naqueles híbridos com stay green. ”
Para potencializar o máximo de matéria seca digestível, é necessário a combinação de diversos fatores, que são: digestibilidade de fibras (relacionada a escolha do híbrido), manejo da lavoura e ponto de colheita. Além da fibra, uma adequada digestibilidade do amido, que está estritamente relacionada ao processamento dos grãos, e, consequentemente, o melhor aproveitamento do componente.
Para a digestibilidade de amido, o Dr. Gustavo salienta que a variabilidade deste componente é de 80 a 98%, híbridos de maior vitreosidade apresentam digestibilidade ainda mais comprometida. Assim, a conclusão é que quebrar o grão de 4 a 8 pedaços permite melhor condição de aproveitamento do amido.
Atualmente, a medida do kps consegue mensurar o impacto do processamento de grãos e perda de amido fecal, o que leva a redução dos índices produtivos.
Um ponto importante levantado pelo Dr. Gustavo é quando se compara a eficiência de processamento dos grãos de uma colhedora tracionada vs. automotriz, onde evidencia acréscimo de 1,2 kg leite/dia quando na presença do cracker (automotriz), consequência de processamento e melhor digestibilidade do amido.
A SEMPRE busca constantemente levar informações que façam sentido, auxiliando no correto emprego das tecnologias. Temos um time preparado e estamos sempre ao lado do produtor.
Agradecemos a participação de todos. Para quem não pôde estar presente no momento, assista agora o vídeo na íntegra, fique por dentro de cada detalhe e faça uma silagem de milho sem erros!