SEMPRE: Conhecimento que gera re$ultado – Micotoxinas em silagem de milho
“Independente se são animais monogástricos ou ruminantes existe um potencial das micotoxinas causarem problema” — Luiz Ferraretto.
Em nosso quarto evento da série “Conhecimento que gera re$ultado” foi abordado o tema “Micotoxinas em silagem de milho” foi mediado pela Cássia Aparecida Soares Freitas, Zootecnista e Dra. em Nutrição Animal da SEMPRE e exposto pelo Dr. Luiz Ferraretto, zootecnista e Dr. em nutrição de vacas leiteiras, atualmente é professor assistente e extensionista em nutrição de ruminantes da Universidade de Wisconsin – Madison.
As micotoxinas são compostos secundários produzidos por fungos, podem trazer alguns impactos que vão desde uma queda no consumo animal até uma possível alteração dos microrganismos do rúmen. Dentre outros fatores, Ferraretto destaca que tanto a queda de imunidade no animal e comprometimento reprodutivo se tornam a porta de entrada para outras tantas possibilidades de redução na produtividade.
Dos cenários mais comuns na produção de silagem que podem contribuir para o aparecimento das micotoxinas, foi destacado a condução da lavoura e a ensilagem.
A exemplo do manejo da lavoura, Ferraretto destaca as condições que a planta sofre como baixa fertilidade do solo, estresse hídrico e manejo de pragas e doenças, são algumas situações onde pode ser oportunista o aparecimento de micotoxinas na silagem.
Quando passa ao processo de ensilagem, o primeiro ponto crucial é o ponto de colheita, aquelas lavouras colhidas “mais secas” propiciam o desenvolvimento de fungos, além disto foram ressaltados como fatores chaves neste processo o tamanho de partículas e a adequada vedação, pois menor porosidade e presença de oxigênio dentro do silo, pode auxiliar no controle do desenvolvimento fúngico.
Neste ponto, foi discutido a questão do uso do inoculante, onde alguns microrganismos, principalmente os que produzem ácido acético e propriônico, têm apresentado uma boa performance a campo no controle de proliferação de fungos e leveduras.
“O inoculante pode ser comparado com o seguro do carro, é a garantia que você tem de que se você precisar tem alguma coisa ali pra te ajudar, porque não sabemos ao certo quando iremos precisar”. – Luiz Ferraretto
Porém, sabemos que, mesmo com todos os cuidados, ainda sim, pode ocorrer a presença de micotoxinas na silagem. E aqui Ferraretto destaca a importância de olhar para esta situação com cautela, pois naqueles casos que podemos ver o desenvolvimento de fungos, principalmente os que formam bolores coloridos tem-se o conhecimento do problema por ser visível, o grande problema são aqueles que não são tão evidentes e não permitem “serem vistos” o que infelizmente pode levar o alimento comprometido ao cocho. Aqui trouxe a abordagem dos adsorventes de micotoxinas, que podem não resolver o problema por completo, mas, bem administrados contribuem para minimizar o efeito negativo que poderia ser causado pela ingestão das micotoxinas pelo animal.
Como exemplo de adsorventes, ele ressaltou os que são a base de leveduras e carvão ativo, que tem apresentado bons resultados a campo.
A SEMPRE busca constantemente levar informações que façam sentido, auxiliando no correto emprego das tecnologias, temos um time preparado e estamos SEMPRE ao lado do produtor.
Agradecemos a participação de todos, e para quem não pôde estar presente no momento, assista agora o vídeo na íntegra e fique por dentro de cada detalhe e faça uma silagem de milho sem erros!